A herança vivíssima do colonialismo
A morte de uma pessoa da realeza britânica, Philip Mountbatten, o Duque de Edimburgo (99 anos), gerou reações diversas, dentre elas sobre o colonialismo pois o duque é mais velho que a independência da Índia, antiga colônia britânica, e como ele era uma das figuras centrais da família real, é diretamente ligado a colonização indiana.
A nós, sulamericanos, é esquisito pensar neste contato direto com uma pessoa responsável diretamente pelo processo de colononização pois a maioria conseguiu a independência entre 200 a 120 anos atrás mas para muitos países, especialmente os situados na Ásia, América Central e África são questões atuais este independentismo e afirmação como cultura, nação e povo. A partilha da África, por exemplo, não levou em conta as divisões de territórios pré-estabelecidas na região, repartiu territórios, uniu outros.
Não muito diferente do ocorrido na América Latina, mas com agravantes para os povos locais pois as estruturas sociais na África no período de sua colonização eram mais complexas que as da América Latina, (até pela diferença de séculos entre elas), mas houveram grandes sociedades no continente, e alguns resquícios do que foram, como o Império de Mali, Reino de Gana, o Egito, que talvez seja o exemplo mais lembrado. Alguns figuraram entre os maiores impérios do mundo. Mas a África fica para uma próxima ocasião. Hoje focarei mais nas relações de Philip com a colonização. Ou melhor, as conexões do Duque Philip com a colonização.
Philip era príncipe da Grécia e Dinamarca, mas nasceu com o reino em guerra, ainda criança, seu pai foi exilado junto com a família. O avô do Philip esteve diretamente envolvido na Guerra dos Balcãs, que era uma guerra envolvendo territórios do Império Otomano, isso antes do nascimento de Philip, o território em questão é principalmente onde se encontra atualmente a Macedônia do Norte, que só conseguiu a independência em 1991. Mas a Grécia saiu de cena nessa ainda no início do século 20, pois teve sua Guerra Civil.
Como exilado, passou por alguns países até chegar ao Reino Unido. As ligações do Philip são bem extensas, então serei breve ao mencioná-las. As irmãs mais velhas de Philip eram casadas com alemães, sendo três envolvidos diretamente com o alto escalação Nazista, uma delas era defensora de Hitler (Sophie), Philip, aos 16 anos, foi ao funeral de uma de suas irmãs, Cecile, e foi recebido com saudações nazistas.
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